Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que ocorrem, em média, 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, o que corresponde a 15,52 mortes por dia.
Mais do que isso, é possível perceber que não houve redução das taxas anuais de mortalidade após a vigência da Lei Maria da Penha. As taxas de mortalidade por 100 mil mulheres entre os anos 2001-2006 foram de 5,28, antes da criação da Lei. Entre 2007 e 2011, após a vigência da Lei, a média passou para 5,22.
A região que apresentou o maior número de ocorrências foi o Nordeste, com uma média de 6,9 óbitos por 100 mil mulheres. Em contrapartida, o Sul foi a região com menos mortes, apresentando uma média de 5,08. Os estados com as maiores taxas foram Espírito Santo (11,24), Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). Os menores números foram encontrados no Piauí (2,71), Santa Catarina (3,28) e São Paulo (3,74).
As principais vítimas são mulheres jovens, 54% tinham entre 20 e 39 anos, negras (61%). A proporção aumenta quando se leva em conta as mortes fatais por região. No Nordeste, 87% das vítimas eram negras.
Além dessas estatísticas, a pesquisa também revelou que a maior parte das vítimas foi assassinada com armas de fogo (50%) e tinha baixa escolaridade. Cerca de 48% tinham até oito anos de estudo.
O Ipea deixa claro que levou em conta apenas as mortes, e que a violência contra a mulher compreende outros atos, desde a agressão verbal e outras formas de abuso emocional, até a violência física ou sexual.
Fonte: Correio Braziliense
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